sexta-feira, 23 de julho de 2010

Poema

Não costumo postar coisas que não são minhas...mas hoje é quase que uma obrigação postar essa musica que é tão intima minha...em todas as fases...

Obrigada Cazuza/Frejat por esse fragmento de mim mesma...e cantada por alguém que é meu chegado Ney Mato Grosso...como pessoa...como artista...como amigo...


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Poema

Ney Matogrosso

Composição: Cazuza / Frejat
Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

As coisas são assim...

Eu queria que você estivesse aqui...

e pudesse me ver por dentro..tudo é tão triste

E parece tão passageiro...

Onde será que você está agora?

Estranho como sinto falta do que nunca vi...nem toquei...

Amigo...companheiro...

Sinto sua falta...

Obrigado...seja onde estiver...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Seu resto

Casa nova com velhos trapos
Quando faz mudança poe tudo em caixas
Amontoá, joga fora, mas sempre sobra
Aquele quadro meio gasto
Já meio apagado pelo tempo

Você nem lembra onde comprou
Quem te deu, onde achou
Mas que tem um amor quase que invisível
Ele sempre esteve ali, fez tão bem a paisagem
Que dá dó do destino ao lixo

Então ajeita aquele canto
Que ninguém vê ou percebe seu encanto
Só você mesmo para admira-lo
quando tiver vontade estará lá
Sua velha paisagem bucólica

As paredes pintadas por fora
Os moveis enfeitando por dentro
Nos cantos apenas os restos
Do que um dia já foi porta de entrada
Casa nova com velhos trapos

terça-feira, 20 de julho de 2010

De baixo

Não sou poço raso
Em mim tudo é tão profundo
Que doi
Leteja..arde...fundo

Tão encravado
Você não consegue ver
Nem ouvir o grito
Sorte pra quem pode
Passar tranqüilo

Não sou aquilo
que pode ser medido
Em estafo
Aspiral desmerilo

Eis que me desfarei
em devaneios
e só eu, e apenas só
Sem ver o sol
Um aceno ..me despeço