quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Três poderes

Estava observando a tela que invade todos os dias as casas com seus comerciais e noticias. Quando me deparei com um acontecido tanto comum.

Lá estava pastores e padres quase guerreando entre debates ávidos do fim do mundo.

Um em seu ‘ponto’ e seu canto falando disciplinadamente a sua visão, como se não por dentro estivesse corroendo a discórdia em alte até transmissíveis aos mais atentos no olhar.

É caro amigo.

Lamento eu estar sendo a portadora de tal informe.

No entanto, creio que predestinar o mundo ao caos não seja apenas mais um fato banal que tomou partido dos filósofos e cientistas, mas também estes digamos que religiosos ultimamente tem dado seu prestigio a parte em relação.

Os três poderes soberania teocrática , atividades missionária, guerra santa, andam preenchendo varias paginas, mas obviamente que não é de atual isto.

Estamos em uma guerra milenar, entre a racionalidade e a fé.

Batalham lado a lado em prol da posse da verdade.

Às vezes, mas apenas às vezes, ronda as cabeças cotidianas:

“-para que mesmo?”

Mas a tela atrativa brilhante e colorida faz espairecer os fardos do trabalho as intrigas familiares e mais noticias das quais as pasmam apenas temporariamente.

Eis que os tempos modernos nada mais são do que a cretinice da observação mais antiga dos que o vago pode dizer.

Eu mesma.

Sentiu unicamente só

Pois foi quem amou sozinha

Enxugou suas propias lagrimas

Fez dos seus erros caminhos infundados

Das dores e magoas, feridas e chagas incuráveis.


Mas foi sozinha que se revestiu dos seus orgulhos

Travou batalhas contra o amor própio

Deu a volta por cima, hoje depois de tempos

Soube que era muito mais que apenas triunfo



Muito mais que apenas pulo do tropeço

Achou lição muito mais que aprendida

O gosto que antes soava a sangue

Hoje soa a superioridade e uma nova vida

Não se volta

Estou guardando em uma caixa,

Todas as magoas que me calham,

Mas ela já é pequenina

Para o tanto de lagrimas que caíram...


E o que diz e o que faz...

Com: desculpa, perdão ou nunca mais,

Não se desfaz...

São coisas que cravam em raiz.


O que se fere se agride e machuca

Deixa a cicatriz nua e tão crua

Não existe mais: -nem tanto e porque-...

Os fatos estão ai, para quem quiser ver


E se não quiser...

Vista grossa são para os que temem a verdade

Enfeitam a realidade

Apenas para não sofrer...

Arrebento

Então que venho a vós dar voz ao meu grito

Que ultimamente tenha dito, anda mais mudo que amanhecer de domingo.

Eis que berro entre o diafragma e não passa pelas cordas vocais.

Sucumbe-se em ser apenas resmungo fictício passado pelos neurônios, que ali mesmo morrem.

Como morre também o meu EU...o grande eu que era e já não sou mais.

Agora me pergunto?

ONDE ELE FOI SE ENFIAR...

Fazendo uma pergunta melhor ainda

Onde eu me enfiei?

Será que é exatamente isso que quero...?

Não vou pontilhar metas, desisti desse método quando vi que os rastros se apagam para os que bateram, mas jamais para os que apanharam.

Parece irônico se não fosse no mínimo deveras trágico.

O ser humano sempre olha com pesar as ruínas.

Na verdade olho com admiração.

Nada mais belo para um bardo do que a tragédia cotidiana das vidas mundanas.

E os santos que sonhei hoje eram tão reles mortais quanto os que carregam a palavra em baixo do braço.

Não sou ninguém nem nada para julgar os que se dizem divinos.

Que Deus tenha piedade dele mesmo, porque nós é que não temos.

As tragédias dos estilhaços fazem mais barulho que as Aleluias de aclamação por um milagre ocasional.

E eu já não sei se prefiro andar entre cacos de vidro ou continuar a ausentar o meu grito que reclama o livre arbítrio.

Onde foi parar minha pseudo-liberdade a pouca que tinha enfiei em um amontoado de palavras e promessas.

Coloquei em costas alheias a felicidade que não tinha, na esperança de assim obter, a tão esperada felicidade.

Aquela que é descrita em livros de auto- outros.

o que seria das outras pessoas sem mim.

mim.

ajuda e em manual de “10 passos para ser feliz”.

Acho que já chega de me enganar. Castelos de ilusões são para os que têm o luxo de desperdiçar o obvio.

Eu?

Eu ainda não encontrei uma maneira eficaz de fazer isso.

Pode constatar só em olhar que estou aqui sentada reclamando em linhas o que poderia encarar. Talvez não queira, talvez não seja confortável e viável a mim agora.

Me chame de egoísta de egocêntrica de psicopata ou de apenas fruto da modernidade histérica.

Não espero mais compreensão da parte dos outros, devia já ter entendido o que tento fazer os outros entenderem e que eles nunca vão entender.

Eficiência é não tratar de hipóteses absurdas, não é que minha visão é estranha, ou tão quanto errada, ela é apenas a frente da sua evolução.

Não quero meados de duvidas circundando meu cerebelo quando sei que o meu Eu saiu correndo e não voltou.

E a mascara é a bola da vez.

Espero que os convidados não percebam e se aconcheguem e limpem os seus pés no meu orgulho e bebam da minha dignidade.

A minha honra foi servida como prato principal do banquete da sociedade absurda, da cobrança que me bate a porta com juros tão altos que só tenho a que me recolher e obedecer como cordeirinha.

Quão patética é minha existência se não respeitar e encolher as orelhas a cada bater de pés.

Não era assim... JURO... Não que eu soubesse.

Eu que vomitava tudo que se passava pelos tilintares da minha mente, não tinha peneira: era pensamento-fala.

Mas é que as coisas vão moldando, mudando, e formulando. Uma nova coisa da qual no inicio era uma consciência e agora já não faz sentido algum.

Isso é bem corriqueiro se forem colocar os pontos no fim das frases corretas.

[Geralmente a celebre frase é aquela que é retirada do pensamento comum “idéias” e exprimida em “palavras” das quais todos já pensaram, mas nunca tiveram a ousadia ou até mesmo em causa de preguiça falar ou escrever por imaginar que todos já sabiam disso e não precisava ser dito. Porem quando é dito escrita repassada e erguida em grau irrefutável, todos batem palma como se colocassem em modo ausente a inteligência e a ligação rápida de que isso era mais antigo do que andar para traz.]

Bom, não procuro a verdade, acho que tão pouco a mentira, nem a paz. Não procuro essas coisas que se deseja no fim do ano aos outros, também e muitíssimo menos aquelas que você pede no aniversario.

Acho o pior de tudo é não saber querer, ou até mesmo até onde se pode querer. Acho mesmo que o pior de tudo é saber o que se quer e ter plena convicção que não pode alcançar por N motivos. Acho mesmo que delonguei demais essa nossa prosa e sai do enredo.

Agora ai vai...

HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!

Em alto bom som ao resto do mundo e o resquício do eu que ainda gritava aqui dentro.

Isso não quer dizer que o achei, não mesmo.

Mas parece que me aliviou as dores que me jogaram e empilharam sobre expectativas em mim.

Acho que foi disso que meu Eu fugiu.

Fugiu de mim mesma pra não poder ver ela tão baixa e mansa.

Onde está a rebeldia dos dias de céu azul onde a água escorria livre e pura pelo meu rosto.

Onde está o vento. Onde está o documento. Nem lenço eu tenho mais.

Muito menos posso andar por ai,

Por quê?

Ora porque ainda tenho mil coisas a fazer e o que seria das outras pessoas sem mim? !

Eu sem mim sou apenas o eco vazio.

Os outros sem mim seriam apenas os outros.

As claras obscuras.

Ei baby a um vazio lá fora

E as pessoas falam e gesticulam

Ainda estou na passeata

No meio do transito publico


Estou com medo de me perder

Onde todos estão indo?

Foi quem quis saber



Não me preocupa o que está

E sim o que vejo



Descobrir aonde termina

Quando foi mesmo?

Não quero forçar a lembrança


Ela rasga e fere o que nunca fecha

A mesma lagrima que sabota

E no fim do corredor encoberto

Sou meu próprio medo

Entre Brechas

Ela tem o cabelo emaranhado

Solto e cacheado

Que balança junto

com a brisa do vento


Tem quadris largos

Sorrisos intensos

Abraços fortes e demorados.

E grandes olhos castanhos?


Ah seus olhos não são!


Eles são multicoloridos

Cor de paixão

Que de tão vivos

Que de vez em outra brilham


Seus pés saltitam

Entre caminhos tortos

Seus árduos lábios

Apenas suplicam


Pelos poros

Entre a carne

e os desejos.

Brincas com o que me consome



Suas palavras as vezes de tão doce:

Amarga

E seu carinho de tão aconchegante:

Afoga


Tocar a pele

Branca e lisa

Escorregar entre a coxa

E ali que me perco que se pede


Que se perca

Implica-me ao que se aplica

E penetra

A brisa entre brechas da cortina


Deitada entre a coxa de seda branca

Me deixa, permita-me

Por favor, Menina!

Diz que é só minha


Maceiro

Quero que o tempo passe

No entanto que não se empolgue

Quando encontrar-me entre seus braços

Mas o suficiente que antecipe ao Maximo o próximo

Que quando depare aos seus dedos

O tempo se delongue e seja macero

Escorregue folgosamente nos ponteiros

Sem se importar muito com a pressa do resto do mundo

Eu só peço o inteiro

Eu só desejo o perto da morosidade

E o conforto do teu seio.

(À)caso

Se eu for tocar em algo

Espero que seja alto

Pra precisar da sua ajuda pra alcançar


Não seja assim comigo

A gente podia ser só amigo

Mas o amor veio atrapalhar


Não vem descontar não

Eu sou também vitima do acaso

Vá discutir com o destino


Que ele sim é malandro

E armou direito

Mas o boleiro já está feito


Que tem eu de afrontar o que nem entendo

Se joga no meu beijo

E eu no teu braço

Depois a gente discute com cupido

Café de segunda

Sirva-me um café forte e preto

E conte do final de semana

Me conte da cicatriz do mês

fale do seu problema


Desabafe sobre seus fracos

Cuspa todos os demônios

As nuvens já estão indo

E o sol se pondo


Tenho a noite toda

A vida inteira

O tempo?

Ele passa


Junto com os restos

Que estão empilhados no canto

Está também aquele aceno

Que nunca mais avistei