domingo, 15 de novembro de 2009

Assim que o dia se abrir

Hoje o dia amanheceu para ser escrito, exemplificando tudo o que existia, e de ser dito o que existirá.

Hoje o dia amanheceu sujo, sujo das dores e magoas já resolvidas, mas que custam ser apagadas e de atos já vivenciados, mas que custam ser esquecidos.

Hoje o dia se abriu para mais um SIM e permaneceu como com o sol dormindo com as cobertas de nuvens.

O dia desamanheceu e não acordou, com medo do que viria, ele se atreveu a temer o amanhã e não concordou.

Viu-se obrigado a dizer NÃO ao resto das horas e segundos que lhe empurravam pelos ponteiros.

Hoje terminou com o sol correndo pelo horizonte escondido com sua manta suja de nuvens e seus medos implícitos do amanhã e de suas recordações saudosas do ontem.

Esse eu que és vós, pois não agüento ser apenas mim, preciso dos outros para me manter de pé, tão tonta que sou eu enviesada, enfim que é que se há de fazer senão meditar para cair naquele vazio pleno que só se atinge com meditação.

Eu medito sem palavras e sobre nada.

E não esquecer que a estrutura do átomo não é vista, mas sabe-se dela.

Sei de muitas coisas que não vi e vós também.

Não se pode dar uma prova de existência do que é mais verdadeiro, o jeito é acreditar.

Acreditar chorando.

No fundo ela não passará de uma caixinha de musica meio afinada,

Eu vos pergunto:

-qual o peso da luz?

E agora... Agora só me resta acender um cigarro e ir para casa.

Só agora me lembrei que a gente morre.

Mas... Eu também?

Não esquecer que por enquanto é tempo de morangos.

SIM.

Homenagem as saudações

Será realmente que meus dias eram belos?

Ou sou eu quem recorda com tão fulminante vontade deles terem sido assim?

Acostumei-me a empilhar e acariciar cada uma de minhas lembranças.

Tocar dia após dia, uma por uma, encaixar perto do peito as dores dos dias esquecidos e que só eu ainda alimento, apenas eu no fim e só.

Só, ainda aquilo, que fica entre os restos e as migalhas estendida no chão da cozinha, olhando pro teto e vendo que as cores do sol mudam as sombras dos objetos.

Deve de ser isso, se continuar parada irei notar a mesma diferença das coisas que se foram conforme a luz que bate sobre elas.

As pessoas também, essas por sua vez, posso ver cada marca em suas faces, mas quem me dera poder espalmar a minha mão nelas pra tentar as fazer voltarem ao que eram antes.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

oEntre pontos

. Dos que perdem aos que sobem ao podium, qual a diferença e dos ambíguos dos tantos?

Eis que a crença no próximo é só ilusória pra canto diário

Do ego fanático e dos planos herméticos

Eu que queria ver os frutos, vi putrefato deitados no chão

E o que diriam os reis se me vissem assim estirada a mãos


Do acaso tanto quanto aguardo

e guardo no em vão

Desde quando?


Esses talos me cortaram pela raiz e me fizeram meretriz dos desejos de outrem

Eu que enfrentava os portais esfinges dos homens com a paz no coração

Permaneço na estática imóvel entrelaçada nas camas que eu mesma teci

Foram passear e encontraram a vida


E eu que morra


Morri as porções pra viver o que era do carnal

Eu que nem via o sol, queimei por apenas querer o ver

E os meus dons se afogaram no mar de ilusão

Tentei nadar contra as máres, mas a areia escorria na ampulheta


E pra mim nada


Aquele não: ascendeu em um abaixar de mentes

E acenos dos quais apenas eu correspondia

O que será que o mundo vê que me tapa a vista?

Poderia alegar se o grito dos meus fantasmas tomasse forma


E eu que não sabia onde pisar


No fato pus a imaginação

Dos belos sonhos olhando as estrelas antevi

Todos os que pedi



Arrependimentos no corte beberam meu orgulho

E minha vergonha ficou escorreu entre os dedos

Não permaneceu nenhum dos bravos

Apenas os covardes que se desfarão em cores amarelas

Ficam entre a multidão rezando para serem penas

Que todos passem e não percebam as suas presenças


Eu que era o ato singular

Hoje não sou nada mais que o ponto final

Do qual apenas se faz uso no fim dos acontecimentos

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Sem com[texto]

É um misto de raiva e magoa um gosto azedo na boca

Que me revira o estomago torce as entranhas

Tira o sono e faz pensar em coisas bizarras

Fico vidrada na janela entre aberta

Sem ao menos detalhar as cortinas rubras


Gosto de sangue nos lábios e um frio na barriga

Aquele sentimento de novo

Tudo some o chão fica raso

Turvo é o caminho feito

O coração dispara e denegue o ritmo


A sensação de esvair-se por um momento

E no seguinte sentir que fará parte do universo

Voltar a ser pó

É mais digno que voltar a ser apenas o só

E o que corrói eu mesma alimento

Indigestão

E se as aparências são só figuras

O que você espera dos tecidos?

O que pretende com as falas?

E com os modos precisos?


O que se mede ao olhar

Que não vê ao conhecer

Se não me pede para contar

E não quer entender


Já tens seus conceitos

Seus óbvios vivedos

As pose, as mascaras

Embutem o medo


Mas nada paga

E muito menos apaga

O que se sente

E o que se vive


Eu colho o que planto

As conseqüências

Faço em mesa

O principal prato


Irei dormir de barriga cheia

E com a cabeça pesada no travesseiro

Pra quem acredita no alem do obvio

Algumas coisas custam caro


[Em]dignidade

Então o que me diz meretriz de saia justa...

Vendeu-se por mais algum Cruzado...

Em seu quarto imundo... E sua vida tão cretina?...

ou ainda visita a augusta ...?



E então prostituta vendida..

Com seu sexo faz a vida...

Sua lingua instrumento de perdição...

Sua voracidade na fala - falta de opção....



O que então quer desembuchar rebaixada?

-Todas as mulheres têm algo de depravado...

e uma vez na vida já foram vadias..

Mesmo que as escondida, as escuras dos olhos do ancião



Ó sociedade tão hipócrita...

Mil vezes mais bandida

ó pobre reflexo da indignidade dos altos

Que não faz nada mais que fingir dos vívidos

Aplausos

Mas não passa de hipocrisia

é apenas mais hipocrisia na minha vida

Sorrisos plásticos...

Abraços rápidos e vazios...


Conversa profundamente rasa...

hipocrisia...

pela frente cortesia estampada na nova mascara

Apenas mais outra frente a ocasião

é apenas pra acompanhar a moda

e hoje em dia ser fútil também é ser cidadão


Acomodar o capitalismo do consumismo inutilitario

a pratica do preencher o abismo com dinheiro

ainda continua ser uma arte aos desvirtuados pelos zeros

A soma da liquota das ovelhas do comercio

é apenas a fila pro abate sanguinário do governo...

um..dois...três...quatro..mais um hipócrita no coxo

e mais outro no espeto


Aplausos...! ! !


Sorrisos com espasmos

Ainda embutem espelhos

Amor não sinta ciúmes.

Mas como me diga: Direi que isto é meu, sem nunca ao menos,pertenceu e menos ainda um objeto para ter dono, então não perca de mencionar fatos tão infindáveis e falhos e calar o verbo tão tolo.

Amor não sinta ciúmes, pois quando levantar vôo não irei deixar recados com letras aguadas nem marca de batom em papel timbrando,... Amor quando pegar minhas coisas e dobrar as esquinas do acaso saiba que não levarei mais nada no peito a não ser a dor e o anseio do já passado,... Mas meu amor saiba que quando este dia chegar já não trarei nada mais seu no sentimento, e o que guardou acabou perdendo por tanto zelo

De que adianta apertar o cerco, fazer barraco, maldizer ate o cordeiro... Do que vai remediar o que já foi feito, se o laço tão apertado nada segura apenas a sua insegurança tardia de algo que já se foi a muito,a confiança perdida em meio ao desespero de culpa, procurar a cura do seu doentio, perceber que ainda existe o tempo mas que o que já foi realizado não está para reter o pranto.

Tendencias humanoides.

Estamos nós, agora, sentados em cadeiras e por um computador julgando o resto do mundo, sentenciando tendência humanóides.

Estamos aqui, eu e você, a jogar probabilidades financeiras e cordiais entre LIBERALISMO e EXTREMA DIREITA. Eu a afirmar que, independe o lado político que se esteja; passa-se a ser menos hipócrita quando acreditas realmente nos ideais que defende, mas não adianta acreditar tem que fazer ressoar.


No entanto, permanecemos sentados, nós dois aqui, com ideais e hábitos imaginários ou utópicos, um tanto cômodos, para conversas paralelas que apenas inflam o ego. É apenas mais um aditivo formal para os politicamente corretos.


Estamos nós dois, a dizer o que é certo sem ao menos sermos corretos com nós mesmos.

Independe do gosto gastronômico: eu a comer alface, você a comer picanha

De me vestir de preto e você de ultima moda...

Nós ainda continuamos a ser apenas SERES VIVOS

Dos quais se continuarmos assim, passaremos ao apenas extintos.

E as conseqüências você contra na sua janela, quando acorda e o céu está rosa e cinza, mas mesmo assim você vai tomar seu café forte e passar manteiga no pão.

A “vista grossa” querendo ou não impulsiona a economia, e faz perder o fanatismo existencial dos desocupados e alienados com o mundo habitual.


Alguns sabem, mas não se importam.

Alguns não sabem e apenas não querem saber.

Ate que o calo aperta na própria bota,

Mas então ai já é tarde, ninguém vai saber o que realmente vai se fazer.

Não nos preocupemos com isso

Resignaremos em ser apenas isso, hipócritas e dizer:


-Anda bem que não estaremos aqui para ver.


Aprender com abismos

Na verdade quando não se alcança algo se aprende a voar...

Seja pulando de penhascos e voando por segundos ate o impacto no solo...

Seja por asas inventadas por nós mesmos...

Quando se quer pegar algo alto... Cria-se meios.

Mas ninguém disse que é fácil..e a graça no fim está nisso.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Três poderes

Estava observando a tela que invade todos os dias as casas com seus comerciais e noticias. Quando me deparei com um acontecido tanto comum.

Lá estava pastores e padres quase guerreando entre debates ávidos do fim do mundo.

Um em seu ‘ponto’ e seu canto falando disciplinadamente a sua visão, como se não por dentro estivesse corroendo a discórdia em alte até transmissíveis aos mais atentos no olhar.

É caro amigo.

Lamento eu estar sendo a portadora de tal informe.

No entanto, creio que predestinar o mundo ao caos não seja apenas mais um fato banal que tomou partido dos filósofos e cientistas, mas também estes digamos que religiosos ultimamente tem dado seu prestigio a parte em relação.

Os três poderes soberania teocrática , atividades missionária, guerra santa, andam preenchendo varias paginas, mas obviamente que não é de atual isto.

Estamos em uma guerra milenar, entre a racionalidade e a fé.

Batalham lado a lado em prol da posse da verdade.

Às vezes, mas apenas às vezes, ronda as cabeças cotidianas:

“-para que mesmo?”

Mas a tela atrativa brilhante e colorida faz espairecer os fardos do trabalho as intrigas familiares e mais noticias das quais as pasmam apenas temporariamente.

Eis que os tempos modernos nada mais são do que a cretinice da observação mais antiga dos que o vago pode dizer.

Eu mesma.

Sentiu unicamente só

Pois foi quem amou sozinha

Enxugou suas propias lagrimas

Fez dos seus erros caminhos infundados

Das dores e magoas, feridas e chagas incuráveis.


Mas foi sozinha que se revestiu dos seus orgulhos

Travou batalhas contra o amor própio

Deu a volta por cima, hoje depois de tempos

Soube que era muito mais que apenas triunfo



Muito mais que apenas pulo do tropeço

Achou lição muito mais que aprendida

O gosto que antes soava a sangue

Hoje soa a superioridade e uma nova vida

Não se volta

Estou guardando em uma caixa,

Todas as magoas que me calham,

Mas ela já é pequenina

Para o tanto de lagrimas que caíram...


E o que diz e o que faz...

Com: desculpa, perdão ou nunca mais,

Não se desfaz...

São coisas que cravam em raiz.


O que se fere se agride e machuca

Deixa a cicatriz nua e tão crua

Não existe mais: -nem tanto e porque-...

Os fatos estão ai, para quem quiser ver


E se não quiser...

Vista grossa são para os que temem a verdade

Enfeitam a realidade

Apenas para não sofrer...

Arrebento

Então que venho a vós dar voz ao meu grito

Que ultimamente tenha dito, anda mais mudo que amanhecer de domingo.

Eis que berro entre o diafragma e não passa pelas cordas vocais.

Sucumbe-se em ser apenas resmungo fictício passado pelos neurônios, que ali mesmo morrem.

Como morre também o meu EU...o grande eu que era e já não sou mais.

Agora me pergunto?

ONDE ELE FOI SE ENFIAR...

Fazendo uma pergunta melhor ainda

Onde eu me enfiei?

Será que é exatamente isso que quero...?

Não vou pontilhar metas, desisti desse método quando vi que os rastros se apagam para os que bateram, mas jamais para os que apanharam.

Parece irônico se não fosse no mínimo deveras trágico.

O ser humano sempre olha com pesar as ruínas.

Na verdade olho com admiração.

Nada mais belo para um bardo do que a tragédia cotidiana das vidas mundanas.

E os santos que sonhei hoje eram tão reles mortais quanto os que carregam a palavra em baixo do braço.

Não sou ninguém nem nada para julgar os que se dizem divinos.

Que Deus tenha piedade dele mesmo, porque nós é que não temos.

As tragédias dos estilhaços fazem mais barulho que as Aleluias de aclamação por um milagre ocasional.

E eu já não sei se prefiro andar entre cacos de vidro ou continuar a ausentar o meu grito que reclama o livre arbítrio.

Onde foi parar minha pseudo-liberdade a pouca que tinha enfiei em um amontoado de palavras e promessas.

Coloquei em costas alheias a felicidade que não tinha, na esperança de assim obter, a tão esperada felicidade.

Aquela que é descrita em livros de auto- outros.

o que seria das outras pessoas sem mim.

mim.

ajuda e em manual de “10 passos para ser feliz”.

Acho que já chega de me enganar. Castelos de ilusões são para os que têm o luxo de desperdiçar o obvio.

Eu?

Eu ainda não encontrei uma maneira eficaz de fazer isso.

Pode constatar só em olhar que estou aqui sentada reclamando em linhas o que poderia encarar. Talvez não queira, talvez não seja confortável e viável a mim agora.

Me chame de egoísta de egocêntrica de psicopata ou de apenas fruto da modernidade histérica.

Não espero mais compreensão da parte dos outros, devia já ter entendido o que tento fazer os outros entenderem e que eles nunca vão entender.

Eficiência é não tratar de hipóteses absurdas, não é que minha visão é estranha, ou tão quanto errada, ela é apenas a frente da sua evolução.

Não quero meados de duvidas circundando meu cerebelo quando sei que o meu Eu saiu correndo e não voltou.

E a mascara é a bola da vez.

Espero que os convidados não percebam e se aconcheguem e limpem os seus pés no meu orgulho e bebam da minha dignidade.

A minha honra foi servida como prato principal do banquete da sociedade absurda, da cobrança que me bate a porta com juros tão altos que só tenho a que me recolher e obedecer como cordeirinha.

Quão patética é minha existência se não respeitar e encolher as orelhas a cada bater de pés.

Não era assim... JURO... Não que eu soubesse.

Eu que vomitava tudo que se passava pelos tilintares da minha mente, não tinha peneira: era pensamento-fala.

Mas é que as coisas vão moldando, mudando, e formulando. Uma nova coisa da qual no inicio era uma consciência e agora já não faz sentido algum.

Isso é bem corriqueiro se forem colocar os pontos no fim das frases corretas.

[Geralmente a celebre frase é aquela que é retirada do pensamento comum “idéias” e exprimida em “palavras” das quais todos já pensaram, mas nunca tiveram a ousadia ou até mesmo em causa de preguiça falar ou escrever por imaginar que todos já sabiam disso e não precisava ser dito. Porem quando é dito escrita repassada e erguida em grau irrefutável, todos batem palma como se colocassem em modo ausente a inteligência e a ligação rápida de que isso era mais antigo do que andar para traz.]

Bom, não procuro a verdade, acho que tão pouco a mentira, nem a paz. Não procuro essas coisas que se deseja no fim do ano aos outros, também e muitíssimo menos aquelas que você pede no aniversario.

Acho o pior de tudo é não saber querer, ou até mesmo até onde se pode querer. Acho mesmo que o pior de tudo é saber o que se quer e ter plena convicção que não pode alcançar por N motivos. Acho mesmo que delonguei demais essa nossa prosa e sai do enredo.

Agora ai vai...

HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!

Em alto bom som ao resto do mundo e o resquício do eu que ainda gritava aqui dentro.

Isso não quer dizer que o achei, não mesmo.

Mas parece que me aliviou as dores que me jogaram e empilharam sobre expectativas em mim.

Acho que foi disso que meu Eu fugiu.

Fugiu de mim mesma pra não poder ver ela tão baixa e mansa.

Onde está a rebeldia dos dias de céu azul onde a água escorria livre e pura pelo meu rosto.

Onde está o vento. Onde está o documento. Nem lenço eu tenho mais.

Muito menos posso andar por ai,

Por quê?

Ora porque ainda tenho mil coisas a fazer e o que seria das outras pessoas sem mim? !

Eu sem mim sou apenas o eco vazio.

Os outros sem mim seriam apenas os outros.