terça-feira, 14 de agosto de 2012
Rendo-me
Minhas armas ao chão, meu coração ao relento
Minhas palavras todas caíram
Estou com o peito aberto
Que atirem, e dissipem-me
Em mil pedaços
Minhas palavras todas caíram
Estou com o peito aberto
Que atirem, e dissipem-me
Em mil pedaços
Tumulo das rosas.
Diga-me um acerto
que lhe direi mil erros
Diga-me uma coisa pra ficar
que lhe direi mil pra ir embora
fale-me uma coisa pra acreditar
que te direi mil pra tirar qualquer remota esperança
porque também já fui luz
mas hoje só sou sombra
Eu sou hoje um poço cravado , viscoso e profundo
de lados musgosos e verdes
e de liquido salobro e turvo
cheio das lamurias do mundo
Sou o rasgo profano , profundo e retardo
em uma cratera , terra,rasgada, finda
em um vale de fiandeiras que tecem o destino
eu não tenho começo, fim e nem meio
Eu sou o pessimismo onde só habita o lamento
Onde o fim jamais encontra a dor
Eu era o mais miraculoso sentimento
Eu sou a cova onde antes vivia o amor.
que lhe direi mil erros
Diga-me uma coisa pra ficar
que lhe direi mil pra ir embora
fale-me uma coisa pra acreditar
que te direi mil pra tirar qualquer remota esperança
porque também já fui luz
mas hoje só sou sombra
Eu sou hoje um poço cravado , viscoso e profundo
de lados musgosos e verdes
e de liquido salobro e turvo
cheio das lamurias do mundo
Sou o rasgo profano , profundo e retardo
em uma cratera , terra,rasgada, finda
em um vale de fiandeiras que tecem o destino
eu não tenho começo, fim e nem meio
Eu sou o pessimismo onde só habita o lamento
Onde o fim jamais encontra a dor
Eu era o mais miraculoso sentimento
Eu sou a cova onde antes vivia o amor.
Locomotiva
Lá vem , fumaceando entre montes
Vem rasgando essa paisagem
Quase parada , segue viagem
Lebres acompanham saltitantes
A locomotiva defuma os males do caminho
E abre nele um trevo da sorte
Eu vou seguir de novo meus instintos
Sei que estou indo pra longe
Porém mais perto do meu EU
a cada vale que passa nesta janela
Vejo meus passos nesse passado
Surrado, turvo e tão complicado
Seguro firme minha mala
Respiro fundo o ar semi árido
Nesse vagão solitário
Me locomovo ao encontro.
Vem rasgando essa paisagem
Quase parada , segue viagem
Lebres acompanham saltitantes
A locomotiva defuma os males do caminho
E abre nele um trevo da sorte
Eu vou seguir de novo meus instintos
Sei que estou indo pra longe
Porém mais perto do meu EU
a cada vale que passa nesta janela
Vejo meus passos nesse passado
Surrado, turvo e tão complicado
Seguro firme minha mala
Respiro fundo o ar semi árido
Nesse vagão solitário
Me locomovo ao encontro.
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